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Modelo de DRE - Demonstração do Resultado do Exercício


Buscando um modelo de DRE para sua empresa? Neste artigo, você encontra exemplos de DRE e um modelo para adaptar rapidamente à realidade do seu negócio.
E no fim do post, ainda descobre as funcionalidades e recursos da  DRE Gerencial, uma ferramenta que aplica inteligência e automação à gestão de finanças.
Ficou interessado? Então siga a leitura.

O que é DRE 

A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é um resumo das operações financeiras da empresa em um determinado período de tempo para deixar claro se a empresa se teve lucro ou prejuízo. Tecnicamente, é um demonstrativo contábil aplicado dentro do regime de competência para mostrar como é formado o resultado líquido do exercício (normalmente do ano), por meio da comparação entre receitas e despesas.
A DRE apresenta a síntese dos resultados das atividades operacionais e não operacionais da empresa. Isso é feito de forma gerencial, com as projeções de crescimento, custos, etc, como de forma fiscal, apresentando os impostos e taxas recolhidas durante o ano.

Estrutura da DRE

Para as empresas brasileiras, a demonstração do resultado do exercício é obrigatória, de acordo com a lei n° 11.638/07, publicada em 27 de dezembro de 2007.  Resumidamente, a DRE de uma empresa se estrutura da seguinte maneira:
  • Receita Bruta
  • (-) Deduções e abatimentos
  • (=) Receita Líquida
  • (-) CPV (Custo de produtos vendidos) ou CMV (Custos de mercadorias vendidas)
  • (=) Lucro Bruto
  • (-) Despesas com Vendas
  • (-) Despesas Administrativas
  • (-) Despesas Financeiras
  • (=) Resultado Antes IRPJ CSLL
  • (-) Provisões IRPJ E CSLL
  • (=) Resultado Líquido.
Essa é uma estrutura resumida de uma DRE, que será explicada ponto a ponto.
Mas lembre-se de que há outras possibilidades. Quanto mais detalhes sobre a operação, mais próximo do dia a dia. Quando mais amplo seu escopo, mais estratégica a visão. Você pode reduzir a 9 ou 10 pontos ou discriminar grupos de despesas no período.

1. Receita de vendas


Entrada de dinheiro no caixa ou no patrimônio da empresa em dinheiro ou direitos (crédito documentado que assegure propriedade de mercadorias ou bens). Inclui receita de vendas de produtos, prestação de serviço, recebimento de juros, royalties e dividendos.

2. Deduções de impostos


Inclui devoluções de vendas, descontos oferecidos e abatimentos de impostos que incidem diretamente sobre a venda, como ICMS, ISS etc.

3. Receita líquida


O resultado das receitas de vendas menos as deduções representam a receita líquida.

4. Custos de venda


CPV (Custo de produtos vendidos), CMV (Custos de mercadorias vendidas) e CSP (Custo dos Serviços Prestados) apresentam gastos relativos à fabricação de um produto ou preparação de um serviço. Valores despendidos com matéria-prima, distribuição, logística etc.

5. Lucro bruto ou resultado bruto


Lucro bruto é a diferença entre a receita líquida e o gasto na produção.

6. Despesas Administrativas ou fixas


Despesas fixas correspondem aos gastos para manter a empresa em funcionamento independentemente de haver vendas. Contas de aluguel, água, energia e telefone em escritórios, são exemplos.

7. Despesas com vendas


Gastos com comissões e custos de pós-venda

8. Despesas financeiras


Gastos com juros e multas podem ser apresentados como despesas financeiras. No caso de quem mexe com importação e exportação, variações cambiais também estão neste tópico.

9. Resultados antes do IRPJ e CSLL


Resultado da conta até aqui, desconsiderando o impacto dos impostos sobre o faturamento.

10. IRPJ e CSLL


IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) são tributos cobrados sobre o faturamento.

11. Resultado líquido


Por fim, temos o resultado líquido, obtido a partir da subtração dos impostos e taxas pagas do lucro bruto. Esse valor corresponde ao resultado de uma empresa, considerando os ganhos e descontos em determinado período. O resultado líquido é, portanto, bastante importante para realizar financiamentos próprios, investimentos ou ser dividido entre sócios, acionistas e funcionários.

Modelos de DRE


Um modelo de DRE pode ser bastante útil para que você tenha um ponto de partida nessa construção. Por isso, preparamos um que pode ser adaptado para a sua empresa:
E para você entender melhor esta estrutura dentro de uma tabela, trouxemos alguns exemplos de DRE para você.
Note que alguns dos modelos têm mais detalhes do que outros. Quanto mais informação, mais controle operacional. Quanto mais abrangente, mais estratégica a visão, mas menos específicas as conclusões.

Exemplo DRE - 1

exemplo DRE

Exemplo DRE - 2

exemplo DRE

Exemplo DRE - 3

Exemplo DRE 3
Esperamos que você tenha gostado do modelo de DRE e dos exemplos que apresentamos até aqui. Se quiser mais dicas sobre o assunto e formas de analisar e aproveitar esse demonstrativo, siga a leitura.

DRE Gerencial

Na concepção mais técnica, o DRE representa todas as movimentações de uma empresa em um dado período, desde que gerem algum tipo de receita ou despesa.
Como o próprio nome já evidencia, o DRE serve como um demonstrativo das atividades, no sentido de esclarecer, junto ao fisco, como os resultados são formados ao longo de um exercício fiscal. Custos, receitas e demais rubricassão comparadas e, com base nos valores informados, os tributos a serem pagos podem ser apurados com maior precisão.
É importante considerar que o conteúdo apresentado deve ser estruturado como uma síntese, um resumo dos resultados de todas as atividades. Operacionais ou não, tudo que implica entrada ou saída de valores deve ser lançado de forma sucinta e conforme os padrões contábeis.
Esses lançamentos, contudo, devem ser feitos também pelo viés gerencial, ou seja, entram também as projeções de novos custos ou possíveis expansões nas operações. E é claro, junto a esses dados, todos os impostos e tributos recolhidos precisam ser lançados, afinal, é essa a razão legal para a elaboração do documento.

Como analisar a DRE

A análise de uma Demonstração do Resultado do Exercício pode iluminar questões importantes sobre a performance de uma empresa. Para isso, vamos retomar a estrutura nuclear de uma DRE:
  • Receita de Vendas - tudo que a empresa vendeu ao longo do exercício
  • (-) Custos - quanto custaram os produtos ou serviços vendidos para a empresa pelas métricas de CPV/CMV/CSP
  • (=) Resultado Bruto (Lucro Bruto) - o que sobra das receitas menos os custos
  • (-) Despesas Operacionais - tudo que se gasta  com as operações comerciais antes de pagar os impostos
  • (=) Resultado Operacional (Lucro Operacional) - o que fica depois de pagar as despesas
  • (-) Impostos – CSLL e IRPJ
  • (=) Resultado Líquido ou Lucro ou Prejuízo Líquido - apurados os pagamentos dos impostos de acordo com as alíquotas previstas, temos então revelado se a empresa obteve lucro ou prejuízo.
A partir do lançamento dos informes financeiros, é possível partir para sua análise. Agora existem duas possibilidades:

Análise Horizontal


Conforme o tempo passa, os saldos dos demonstrativos contábeis apresentam uma variação. É essa variação que vai apontar se sua empresa está crescendo, se mantendo em um patamar ou mesmo encolhendo em seus resultados.
Nessa análise, o que se busca é a comparação dos resultados para os mesmos elementos, considerando exercícios ou períodos distintos. Por exemplo, sua empresa pode estar interessada em saber se um determinado produto está sendo lucrativo ou não e se vale a pena manter suas vendas e investir em melhorias.
Para esse objetivo, a análise horizontal vai dizer se há potencial de mercado ou não, conforme os resultados das vendas e da incidência de impostos.

Análise Vertical


No caso da análise vertical, o que se busca é relacionar um elemento do DRE com a categoria que integra. Na linha do exemplo anterior, é possível comparar os resultados financeiros de uma determinada mercadoria com os resultados de outras, similares ou não.

Retorno Sobre as Vendas (RSV)


Em ambas as análises, é importante aplicar o cálculo de Retorno Sobre as Vendas (RSV), também conhecido como Margem de Lucro (ML). O resultado dessa operação vai mostrar, em forma de percentual, quanto cada venda proporcionou de lucro. Consiste em:
RSV = Lucro Líquido/Receita Total x 100
Vamos supor que uma empresa registrou como Receita Total o montante de R$ 120 mil. Retirados os custos e impostos, o Lucro Líquido registrado foi de R$ 15 mil.
RSV = 15/120 x 100
RSV (ou Margem de Lucro) = 12,5%
Logo, para cada R$ 100,00 em vendas, resta para a empresa R$ 12,50. Para efeito de análise do DRE, a empresa deve aplicar esse cálculo pelas perspectivas horizontal e vertical.

Por que usar a DRE


Por intermédio da DRE, é possível identificar possíveis gargalos de produção, assim como oportunidades para otimizar a aplicação de recursos. Utilizando a fórmula para cálculo da Margem de Lucro ou RSV, sua empresa poderá orientar as atividades com base em resultados.
Pode ser que um determinado produto ou serviço esteja apresentandoresultados estáveis, se comparados diferentes exercícios. Essa estabilidade, embora pareça positiva, pode representar uma perigosa zona de conforto.
Tal como em um investimento, os resultados nas vendas devem apresentarrentabilidade, ou seja, uma curva evolutiva positiva, sob pena de deterioração dos rendimentos pela inflação e os constante reajustes nos índices de preços. Portanto, não é só a redução no faturamento que deve ser interpretada como um resultado ruim.
Para saber se as operações estão de fato mostrando-se rentáveis, não há outra forma de apurar que não seja pela comparação de DREs de períodos em sequência.

DRE Gerencial 


Não se pode esperar que, em empresas com gama extensa de produtos e operações muito diversificadas, as DREs sejam feitas sem ajuda de automação.
Você viu que, antes de uma obrigação contábil e fiscal, o DRE é um documentogerencial. Suas informações são muito importantes e são uma base para orientar decisões estratégicas.
Trata-se de um verdadeiro raio-X de seu negócio, no qual você terá a informação confiável de que precisa para decidir sobre o que fazer diante dos resultados apresentados.
Experimente grátis a DRE Gerencial  e aplique inteligência ao seu negócio. Com mais esse recurso, você descomplica a gestão de suas finanças e fica mais tranquilo para focar apenas no que realmente interessa.

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